3. O texto eletrônico: o hipertexto e o livro eletrônico | História da Leitura

3. O texto eletrônico: o hipertexto e o livro eletrônico

Embora o termo hipertexto tenha sido usado pela primeira vez por Theodore Holm Nelson [1] em 1963 e publicado em 1965, o conceito de hipertexto é bem mais antigo. Sumariamente, um hipertexto é um conjunto de textos (ou nós) ligados por conexões [2]. Essa estrutura intelectual está presente em muitas obras antigas. O Talmude, por exemplo, é um grande hipertexto, composto pelo texto bíblico cercado por comentários de múltiplos rabinos [3]. Os textos com glossas são formas de hipertexto, em que, no texto principal encontram-se ligações para notas, comentários e indicações de outras leituras, conforme ilustrado na figura 44.

Figura 44 – Forma de hipertexto. Biblia sacra cum Glossa ordinaria... et annotationibus de Nicolaus a Lyra, Venice 1603, III. 277. [4]

A já citada versão da Bíblia produzida por Christophe Platin, a Poliglota de Antuérpia, na figura 25, é também um exemplo de hipertexto. A necessidade da busca de referências externas chegou a extrapolar os recursos gráficos manuscritos ou impressos para gerar dispositivos que tornassem o acesso às referências mais fácil, como a também citada Roda de Leitura de Ramelli, figura 24.

O hipertexto quebra a linearidade do texto, por permitir diferentes composições de fragmentos, ou módulos de informação [5]. A escolha desses caminhos e o percurso seguido nessas escolhas são feitos pelo leitor. Esquematicamente, um hipertexto pode ser representado como ilustrado na figura 45.

Figura 45 – Esquema de um hipertexto, ilustrando uma das possíveis navegações entre eles. [6]

Cada um dos textos acima, ou cada unidade de informação, são chamados de “nós”. Mais do que apenas textos, são “hiperdocumentos”, já que podem incorporar também gravuras, gráficos, esquemas, e, mais modernamente, animações e sons. Nesses hiperdocumentos existem elementos capazes de conectá-lo a outro hiperdocumento. Esses elementos são chamados de nexos, enlaces ou vínculos associativos. Seu propósito básico é conectar um nó ao outro de acordo com algum desenho lógico a critério do leitor. Eles são os elementos que possibilitam o caráter descontínuo da leitura do hiperdocumento [7].

Floridi propõe que, para constituir um hipertexto, alguns elementos mínimos devem estar presentes, a saber: (1) um conjunto de unidades semânticas de peso cognitivo não elevado, chamadas de lexias ou nós, tais como parágrafos ou sessões, constituídas apenas de texto ou também de outros elementos como som, imagem etc. (2) Um conjunto de associações – hyperlinks ou links – inseridas nos nós por meio de áreas chamadas de âncoras de origem e destino, responsáveis por conectar os nós. As âncoras podem referir-se a outras partes do mesmo documento, ou a outros documentos. São elas que permitem ao leitor mover-se de uma parte para outra do mesmo hipertexto, ou para outro hipertexto. (3) Uma interface, ou mecanismo, interativo que possibilite ao leitor o acesso e o funcionamento das âncoras [8].

Considera-se que o conceito moderno de hipertexto tenha sido anunciado pela primeira vez em 1945 por Vannevar Bush, em seu artigo “As We May Think”. Em seu artigo, Bush argumentava que o crescente volume de informações produzidas nas diversas áreas de conhecimento era muito superior à capacidade de um pesquisador lidar. Conforme ele afirma, “[o] pesquisador é confundido pelas descobertas e conclusões de milhares de outros trabalhadores – conclusões que ele não tem tempo para absorver, muito menos lembrar, ao passo que elas surgem”. Segundo ele, os métodos então disponíveis de transmissão e análise das pesquisas estavam muito atrasados em relação às necessidades da época. As classificações usuais são artificiais e muito distantes do funcionamento da mente. Para Bush, os métodos de indexação classificam os itens sob rubricas definidas, e seguem algum tipo de hierarquia, como numa enciclopédia, por exemplo. Entretanto, a mente não se comporta dessa forma. Lévy, explica o argumento de Bush afirmando que a “mente pula de uma representação para outra ao longo de uma rede intrincada, desenha trilhas que se bifurcam, tece uma trama infinitamente mais complicada do que os bancos de dados de hoje”. [9]

Embora Bush reconheça em seu artigo que não seria possível duplicar esse processo mental, ele sugere a elaboração de mecanismos que o imitem. Em seu artigo, ele propõe um mecanismo chamado “Memex”, ilustrado na figura 46, considerado o precursor do hipertexto e do computador pessoal. Em sua própria definição, “o Memex é um dispositivo no qual o indivíduo armazena seus livros, registros e comunicações, e que é mecanizado de modo a possibilitar consultas com grande velocidade e flexibilidade. É um grande suplemento pessoal de memória”.

Dois mecanismos seriam fundamentais para o Memex de Bush. Inicialmente, uma forma de armazenamento eficiente. Já que ele o via como um aparelho pessoal, teria as dimensões aproximadas de uma mesa de trabalho e a solução proposta de armazenamento para essas dimensões, conforme a tecnologia disponível na época foi a utilização de microfilmes e fitas magnéticas, recém inventados. Depois, ele descreve também um mecanismo de buscas e indexação que permitiria ao usuário a criação de ligações independentes de qualquer classificação hierárquica das fontes relacionadas. Assim, o usuário seria capaz de estabelecer caminhos transversais pessoais na “selva” de informações armazenadas em sua máquina. As informações seriam apresentadas através de uma tela de televisão munida de alto-falantes.

Figura 46 – Memex, máquina precursora da busca automatizada de informações. [10]

Na descrição de sua máquina, Bush não utiliza o termo hipertexto, mas a utilização do conceito de hipertexto é muito clara em sua proposta. Foi mais adiante, em 1960, que Theodore Holm Nelson, criador do termo hipertexto, fundou o Projeto Xanadu [11], como uma forma de implementar seu objetivo maior: “uma imensa rede acessível em tempo real contendo todos os tesouros literários e científicos do mundo, uma espécie de Biblioteca de Alexandria de nossos dias”, conforme explica Lévy. O Projeto Xanadu, que continua em andamento, é o ideal absoluto do hipertexto [12].

Embora nenhuma implementação tenha proporcionado a amplitude da visão de Bush e Nelson, grande parte de seus objetivos foi alcançada com a implementação da tecnologia digital, entre eles o hipertexto. A definição de Lévy para hipertexto salienta sua relação com o conceito de rede. Diz ele:

Hipertexto é um texto em formato digital, reconfigurável e fluido. Ele é composto por blocos elementares ligados por links que podem ser explorados em tempo real na tela. A noção de hiperdocumento generaliza, para todas as categorias de signos (imagens, animações, sons etc.), o princípio da mensagem em rede móvel que caracteriza o hipertexto. [13]

O contexto dessa definição é, evidentemente, o ambiente computacional. Entretanto, o conceito de hipertexto transcende esse ambiente, conforme exemplificado pelo Memex. O próprio Lévy explica que os “conceitos fundamentais do hipertexto (rede associada de nós de imagens ou texto) estão já presentes na impressão: um dicionário, uma enciclopédia, um cartão com legenda, notas de rodapé são formas de hipertexto. A contribuição da informática é essencialmente a imediatidade da passagem de um nó a outro (“clicar” um “botão”), e a possibilidade, para os usuários, de uma fácil personalização da conectividade do hipertexto em que navegarão”.  [14]

A digitalização da informação através dos meios computacionais permitiu a construção de hipertextos na plenitude de seu conceito. De fato, o serviço WWW deve grande parte de seu êxito à capacidade do HTML de produzir esse efeito. Na figura 47 há um exemplo onde podemos encontrar os três elementos propostos por Floridi. A página vista pelo leitor constitui a lexia ou nó, e, inserida nela uma âncora pode ser identificada por estar sublinhada diferenciando-se do resto do texto. Nesse caso, trata-se do nome “Manuel Castells”. A função de âncora pode ser verificada também pelo fato de que o ponteiro do mouse muda para uma pequena mão. Ao lado da figura, é possível ver como ela está escrita originalmente em formato HTML. A expressão “Manuel Castells” está inserida entre os marcadores (ou markups) <a> .... </a>, que indicam que ela constitui uma âncora (anchor). Ademais, o primeiro marcador indica que essa âncora, quanto acionada pelo leitor, deve remetê-lo ao arquivo Bibliografia.htm. Naturalmente, o leitor não precisa estar ciente da existência ou função desses componentes. O sistema computacional com o qual ele interage permite essa funcionalidade transparentemente. Esse sistema é composto pelo navegador (browser), o mouse, o servidor de páginas, entre outros.

Figura 47 – Exemplo de página HTML produzindo o efeito de hipertexto

 

Com os recursos computacionais, além de apenas texto, como ilustrado acima, é possível combinar muitos outros meios de comunicação numa mesma página, tais como imagens, filmes, sons, animações. Ou seja, pela primeira vez, todas as formas de expressão do conhecimento podem ser combinadas num único sistema de comunicação, apropriadamente chamado de “hipermídia”. Os milhões de documentos existentes na Internet com milhões de conexões entre eles fazem com que o percurso que um leitor tomará praticamente imprevisível, como imprevisíveis seriam os caminhos dos usuários numa grande biblioteca [15]. O serviço WWW é a realização dos ideais do Dr. Vannevar Bush.

A tecnologia digital permitiu a existência do texto no formato do “livro eletrônico”. Essa expressão faz uso metafórico do termo “livro” uma vez que não existe aqui o suporte tradicional de papel e o formato que caracteriza o objeto livro. Antes, se refere mais aos limites do texto do que ao seu suporte. O texto é uma composição de “0s” e “1s”, interpretados por um sistema computacional, e apresentado ao leitor nos caracteres que lhe são familiares. Nas livrarias virtuais na Internet, o leitor pode adquirir um livro e recebê-lo imediatamente. A leitura poderá ocorrer na tela de um computador de mesa, um computador portátil (notebook), um Personal Digital Assistant – PDA, um telefone celular, ou um dispositivo específico para a leitura de livros eletrônicos, chamados ebook readers.

Uma das vantagens do livro eletrônico é justamente a possibilidade de que o mesmo texto possa ser apresentado nessa grande variedade de suportes, no caso de padrões comuns serem adotados. Além disso, há uma considerável redução com custos de editoração, produção e distribuição. Chartier destaca também outra importância do livro eletrônico, ao afirmar que ele atende à necessidade de desvincular o livro da massa de textos eletrônicos que circula pela Internet. O livro eletrônico constitui uma identidade para o livro em formato digital, seu autor e editor, desvinculando-o dos textos de livre acesso da Internet, e permitindo o controle dos direitos autorais [16].

Uma vez obtido o arquivo eletrônico, este pode ser lido diretamente no computador através de um programa específico. Alguns dos programas comuns são o MS Reader, da Microsoft; o Mobipocket, da Mobipocket e o eReader, da Palm Inc. Esses programas apresentam algumas diferenças de operação e aspecto, mas têm muitas funcionalidades em comum, como a possibilidade de organizar os livros em prateleiras virtuais, realizar buscas por palavras ou expressões, realizar consulta em dicionário, destacar trechos e marcar páginas.

Mesmo com todos os aspectos positivos do texto eletrônico, sua utilização em computadores definitivamente não tem a mesma praticidade do livro impresso, que, diferente dos primeiros, pode ser transportado e utilizado praticamente em qualquer lugar. Numa tentativa de superar esse obstáculo, recentemente têm sido desenvolvidos dispositivos eletrônicos especificamente projetados para a serem livros eletrônicos também no sentido físico.

Alguns desses aparelhos são ilustrados abaixo:


Rocket eBook, 1998, Nuovomedia Inc.

Primeiro ebook reader bem-sucedido comercialmente [17], trazia uma versão eletrônica de Alice no País das Maravilhas. A versão regular tinha capacidade de armazenar cerca de 10 livros, ou 4000 páginas. Podia apresentar gravuras em preto-e-branco, com tela de 106 dpi, ou 480 x 320 pixels em 4,5 x 3 polegadas, touch screen. [18]




Soft book Reader





RCA REB 1100 eBook Reader







Sony Librié






Panasonic eBook Reader

 






Sony Portable Reader





iLiad, da iRex Technology, subsidiária da Philips







Plastic Logic, protótipo ainda não em produção.

 






Esses dispositivos buscam combinar a portabilidade, alta definição e conforto visual que a página do livro proporciona com as facilidades do texto eletrônico, com ferramentas como marcadores de página, bloco de anotações, controle de luminosidade, dicionários, busca por palavras, e atualização automática para recebimento de notícias.

Grande parte do avanço desses aparelhos é devido ao desenvolvimento do chamado papel eletrônico que constitui a tela onde o texto é visualizado pelo leitor. O papel de celulose apresenta características para a leitura que tem garantido sua permanência como o material preferido para essa finalidade por muito tempo. Entre suas vantagens podem ser citadas as seguintes: oferece uma excelente resolução em qualquer ângulo de visão; tem baixo peso; não consome energia; é extremamente flexível. Dificilmente uma tela de computador alcançará essa combinação de fatores. Entretanto, as telas têm uma vantagem que o papel não possui: podem ser apagadas e reutilizadas milhões de vezes.

Nas últimas décadas foram feitos esforços para o desenvolvimento de uma solução que combine as vantagens do papel, com a capacidade de reutilização indefinida da tela. Um novo suporte para o texto com o conforto visual do livro de papel, mas sem a necessidade do consumo de hectares de árvores. Dois centros de pesquisa de ponta produziram resultados importantes, descritas a seguir.

O papel eletrônico difere das tecnologias usadas nas telas de computador por ser reflexivo. Assim como o papel comum, ele não gera nenhuma luz. Apenas reflete a luz do ambiente que incide sobre ele, e, por isso, pode ser lido em qualquer luminosidade. Isso o difere das telas de tubo de raios catódicos, cathod-ray tube – CRT, que emitem luz própria, ou das telas de cristal líquido, liquid crystal display – LCD, que usam uma luz de fundo cuja passagem é controlada por cristais polarizados. No papel eletrônico, a energia é utilizada apenas para alterar o conteúdo da página, e não para mantê-lo. Isso reduz o consumo de energia, permitindo o uso de baterias menores e mais leves, aumentando a portabilidade dos equipamentos que o utilizam.

Fisicamente, o papel eletrônico consiste em um suporte plástico transparente, fino e flexível, ao qual é aplicado um tipo especial de tinta, chamada de “tinta eletrônica” ou electronic ink – e-ink. No desenvolvimento desse conjunto, duas importantes tecnologias principais foram criadas, uma delas pela empresa Xerox, no Centro de Pesquisa de Palo Alto, EUA, e outra pelo Laboratório de Mídia do Massachusetts Institute of Technology - MIT

O método da Xerox, ilustrado na figura 48, foi desenvolvido pelo cientista Nicholas Sheridon, que o apresentou em 1999, na Conferência Euskadi Internet '99; 1999, em San Sebastian; Espanha [19]. Consiste na utilização de pequenas esferas de dimensões na ordem de centésimos de milímetros, aplicadas um filme plástico transparente e flexível. Cada esfera pode girar no suporte plástico, e cada uma delas é metade branca e metade preta. As esferas são carregadas eletricamente, e a carga elétrica de uma metade é oposta à carga elétrica da outra. Assim, uma corrente elétrica é capaz de fazer as esferas girarem, expondo o lado branco ou preto, conforme o caso. Em vista da presença desse giro da esfera, Sheridon batizou essa tecnologia de Gyricon.

Figura 48 – Tecnologia Gyricon para papel eletrônico. [20]

A tecnologia das esferas passou a ser desenvolvida pela empresa Gyricon LLC, originada da Xerox em 2000. As aplicações voltaram-se predominantemente a anúncios públicos e cartazes. Em 2004 a Xerox decidiu descontinuar a empresa, conforme Brian Hamilton [21].

Por outro lado, o método do MIT, desenvolvido pelo pesquisador Joseph Jacobson, utilizou microcápsulas transparentes ao invés das esferas bicolores. Neste método, cada cápsula, também de dimensões centesimais, contém um fluido transparente, no qual estão imersas partículas brancas e pretas que podem mover-se livremente dentro da cápsula. As partículas brancas têm carga oposta às partículas pretas, de modo que podem ser agrupadas na parte superior ou inferior da cápsula dependendo da carga elétrica aplicada à cápsula, conforme ilustrado nas figuras 49 e 50. Como as partículas brancas são positivas, para gerar um ponto branco basta aplicar uma carga positiva do lado inferior da esfera. Isso atrairá as partículas pretas para baixo e repelirá as partículas brancas para cima. As partículas permanecem nessa posição, mesmo depois que cessa a aplicação da carga, fazendo com que o consumo de energia ocorra somente na troca da posição, por exemplo, na mudança da página [22].

Figura 49 – Tinta eletrônica, e-ink. Produção de branco e preto. [23]

Figura 50 – Tinta eletrônica, e-ink. Produção dos tons de cinza. [24]

Atualmente, aplicações dessa tecnologia estão sendo desenvolvidas pela empresa E Ink, que, em 18 de outubro de 2005 anunciou um protótipo do papel eletrônico em cores.

Um desenvolvimento proposto pela empresa chama-se Radio Paper, ilustrado na figura 51, composto por uma banda de papel eletrônico enrolável num suporte e atualizado por comunicação sem fio. Seu formato, curiosamente, lembra o de um rolo de papiro ou velino. O suporte para dentro do qual o papel eletrônico é recolhido e enrolado contém um receptor sem fio que permite que o conteúdo apresentado ao leitor seja atualizado automaticamente.

Figura 51 – Jornal utilizando a tecnologia Radio Paper. [25]

Esse mesmo formato está sendo pesquisado por outras empresas, como a Philips, e são chamados de Rollable Displays.


[1] Sociólogo e filósofo americano, nascido em 1937 e pioneiro da tecnologia da informação.

[2] LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência, p. 33.

[3] MURRAY, Janet. Hamlet no Holodeck, p. 65.

[4] Fonte: VARIA Silva de. Biblia Sacra.

[5] SANTAELLA, Lucia. Navegar no Ciberespaço: O perfil Cognitivo do Leitor Imersivo, p. 49.

[6] Fonte: Jim Rosenberg, The Structure of Hipertext Activity.

[7] SANTAELLA, Lucia. Navegar no Ciberespaço: O perfil Cognitivo do Leitor Imersivo, p. 49.

[8] FLORIDI, Luciano. Phylosophy and Computing: an introduction. England: Routledge, 1999.

[9] LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência, p. 28.

[10] Fonte: Ebookzine.

[11] Cuja página oficial é <http://xanadu.com>. Acesso em: 26 jan. 2007.

[12] LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência, p. 29.

[13] LÉVY, Pierre. Cybercultura, p. 27.

[14] LÉVY, Pierre. Ideografia Dinâmica, p. 207.

[15] SANTAELLA, Lucia. Op. cit., p. 51.

[16] CHARTIER, Roger. A Aventura do Livro: do leitor ao navegador, p. 70.

[17] FURTADO, José Afonso. O Papel e o Pixel, p. 59.

[18] Fonte: Nuovomidia Inc. Rocketebook.

[19] SHERIDON, N. K. Xerox electronic reusable paper and the Internet. Euskadi Internet conference '99; 1999 November 29; San Sebastian; Spain.

[20] Fonte: ComputerWorld Magazine. Gyricon.

[21] HAMILTON, Brain. Revista Business Review.

[22] JACOBSON, J. et al. The Last Book. IBM Systems Journal, Vol. 36, número 3, 1997.

[23] Fonte: E-Ink Corp. Electronic Paper.

[24] Fonte: E-Ink Corp. Electronic Paper.

[25] Fonte: E-Ink Corp. Electronic Paper.

© Marco Antonio Simoes 2022